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sexta-feira, 13 de dezembro de 2019

dando banho nas conchas



A cada dia vou focando mais interesse no microcosmos. Presto mais atenção às pequenas espécies do reino animal, vegetal e mineral. Hoje dei banho nas conchas que minha mãe catou na praia de Itanhaém há muitos anos. Agora nem existem mais por lá. 
Acredito que há vida em todos os reinos. E tenho a ingenuidade de achar que o simples banho de torneira que dei nelas fez bem a ambas. Sim, porque tudo está interligado. O ideal seria que essas conchas estivessem vivendo em seu habitat natural, o mar...mas sabemos que tudo que deixa seu lar natural para viver (?) em outro local perde sua vitalidade. Peço desculpas a elas. O que posso fazer é dar-lhes banho de vez em quando e irradiar meu amor!

quinta-feira, 21 de novembro de 2019

TESTAMENTO VITAL




Outro dia, ouvindo uma estação de rádio, soube da existência do Testamento Vital. Achei uma coisa interessante e necessária a quem encara a morte como algo inexorável. Meu avô materno passou a mim a sabedoria de levar a morte como algo natural e que deve ser considerada com um certo bom humor, já que é inevitável.
Decidi fazer meu testamento vital agora, 2 dias antes do meu aniversário, como se fosse um presente dado a mim mesma. Escolhi um modelo na internet, fiz algumas alterações no preenchimento de dados como nomes, etc, mas segui à risca o modelo escolhido, já que o achei adequado ao meu gosto. 
Se alguém quiser copiar esse testamento, aqui vai o link http://dignamorte.blogspot.com/2013/01/normal-0-false-false-false-en-us-ja-x_14.html

segunda-feira, 28 de outubro de 2019

TER SEMPRE UM SONHO EM VISTA...





O importante é não abandonar os sonhos.  Estou me referindo aos sonhos que temos acordados, enquanto vamos vivendo. Eles mudam sem que a gente perceba, então vamos realizando cada um, a seu tempo.Fazendo um retrocesso perceberemos que nenhum deles foi tão importante, já que são mutáveis e efêmeros. Mas àquela época eram o que me moviam. O essencial é a vontade de realizá-los, contanto que possamos vê-los mais tarde como algo que passou. Mas valeu o esforço de realizar cada um deles. E algum que não possamos ter realizado também vai deixar de ser importante. É isso que dá sabor à vida. Ter um sonho é um tipo de paixão. Acreditem que entre os vários que tive, cheguei a sonhar por muitos anos em cantar no coral da orquestra do Ray Conniff!!! 

Mesmo depois de idosa (ô palavrinha) eu ainda tenho sonhos, mas são muito diferentes.Já têm data de validade menor. São mais singelos.

O que ficou agora e de forma muito intensa é a gratidão por ter chegado até aqui com a consciência tranquila. Fiz o que fiz porque assim o quis. Não me queixo. Paguei o preço de todas as minhas bobeiras.

sábado, 19 de outubro de 2019

o casal de sanhaços







Era um casal de sanhaços azuis. Estavam mortos em frente a uma escola. Quase pisei neles. Levei um susto e ao mesmo tempo fiquei tomada de tristeza. Raramente vejo um passarinho morto. Até me perguntava como isso acontecia se há tantos passarinhos e eu nunca os vejo mortos. Desta vez foram dois. Parei e fiquei a pensar o que teria acontecido a eles. Hoje felizmente já não se vê garotos matando passarinhos com estilingue. E logo dois....resolvi bater na porta da escola e apareceu uma moça que ficou olhando e logo esclareceu minha questão: bateram numa grande janela de vidro que havia na escola. Lá iam voando juntos o casal de passarinhos e se chocaram violentamente contra o vidro. Não tive coragem de olhar de perto mas ela falou que estavam com sangue no bico e na cabecinha. Foi buscar uma caixa de papelão, um punhado de guardanapos brancos e providenciou uma caminha para os pobrezinhos. Fiquei comovida. Agradeci a ela. A escola se chama SUPERA. Ensina a exercitar e desenvolver a capacidade cerebral. 

Deve ser uma boa escola. Pois a moça foi rápida ao diagnosticar a causa da morte e a providenciar um enterro digno ao belo casal.

sexta-feira, 20 de setembro de 2019

as coisas que não entendemos.....







Cada vez mais sinto-me parte de um mundo estranho. Percebo que gosto dos animais e plantas mais do que dos seres humanos. Mas logo vem-me um momento de compaixão por todos, ao me dar conta de que cada um de nós está vivendo seu pedaço aqui no planeta. Agora mesmo, sentada numa sala de espera de uma clínica popular, um homem na fileira à minha frente não pára de chacoalhar o ombro direito. Levantei-me para ver qual o problema dele e foi fácil verificar que há um descontrole nervoso em todo o lado direito de seu corpo. Provavelmente teve um AVC. Um homem simpático, com boa aparência, alegre ao conversar com a atendente. Por alguma razão que desconhecemos algumas pessoas são menos privilegiadas que outras. Ou estou apenas conjecturando e tudo, tudo neste mundo está envolto num grande mistério, difícil de entender!!!

Nosso cérebro alcança menos do que gostaríamos, para entender certos fatos que nos parecem injustiças divinas. Mas algo me diz que em outro plano tudo será esclarecido. Por enquanto nos resta sermos solidários e ajudarmo-nos como pudermos.

segunda-feira, 9 de setembro de 2019

acho que sou uma exorcista...

Uma amiga disse-me que eu devia ser escritora....eu ri e pensei: para ser escritora acho fundamental saber contar uma história. Alguém que tem um blog onde registra reflexões sobre sua própria experiência está longe de ser escritora. Não suportaria dar conselhos, como alguns livros de auto-ajuda fazem. E também não gosto de recebê-los. Não sei falar de alguma coisa inventada. Criar uma história fictícia até para ilustrar algo que tenha se passado comigo é coisa que não sei fazer. Que diabo de escritora eu seria? Sou suportável apenas em algumas publicações no meu blog. Nada mais que isso. Gostaria de me abstrair totalmente e criar algo fora da minha realidade. Não dá. A tela fica em branco. 


No local abaixo tive a mais dolorosa experiência quando criança. Publiquei no meu blog. Isso eu consigo. Acho que sou uma exorcista.


quarta-feira, 31 de julho de 2019

O osso da sorte

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Morei na casa da minha avó até os 8 anos de idade. Tínhamos quintal, pomar e galinheiro. Minha avó, portuguesa, cozinhava muito bem. Lembro-me de vários pratos deliciosos, entre eles a canja de galinha feita com matéria prima do galinheiro, e que incluía um cacho de pequenas gemas cozidas dos ovos que ainda não haviam maturado totalmente.

Hoje, ao desossar um peito de frango cozido para o almoço das minhas cachorrinhas notei (e já havia notado algumas vezes antes) que o osso da sorte (do peito da galinha) era bem maior quando eu era criança, Tanto é que sempre tirávamos a sorte e quem ficasse com a parte maior da forquilha era o "sortudo". 

Agora não dá mais para brincar com o osso da sorte. O tal osso se tornou tão frágil e pequenino que já não significa nada muito atraente para se jogar a sorte. 

Será que a sorte anda sumida ou o alimento prejudicado? 

segunda-feira, 29 de julho de 2019

Enquanto fazia o arroz...









Hoje, enquanto fazia o arroz, lembrei-me da minha cidade natal e imaginei a mesma cena só que lá. Veio imediatamente (e como isso foi intenso) uma sensação tão boa, que quase senti o ar úmido de maresia janela adentro, o sol quente e o típico barulho da cidade num dia de semana normal. Inevitável foi recordar em alguns segundos o resumo de toda uma vida entremeada de alegrias e tristezas. Mas a presença de uma dor maior chegou para embaçar todo o brilho que se formava nessa recordação. A morte de uma irmãzinha querida. 

Tendo já saído de onde morei por 23 anos para trabalhar na região do ABC em busca de um salário melhor, percebi que se não o tivesse feito então, seria inevitável fazê-lo quando a maior dor de minha vida chegasse para ceifar a alegria dos meus dias naquela cidade cheia de brilho. Seria meu destino abandonar tudo e mergulhar no desconhecido. O acolhimento da cidade que me viu nascer estava por completo destinado a ser tirado de mim. 

Desde então procuro brincar de faz de conta. Como a criança segura uma boneca em suas mãos e faz de conta que está abraçando sua filhinha, eu vou sempre sentir a falta de um aconchego que me foi recusado para sempre!

De repente senti a dor do emigrante! 

sábado, 27 de julho de 2019

GRATIDÃO, apesar da menor audiência.....

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Tenho este blog desde 2008. Reparei que meus seguidores eram muitos nesse tempo. De uns anos para cá perdi a maioria dos que costumavam mandar comentários sobre o que eu postava. Devo ter ficado menos produtiva com a idade. O entusiasmo arrefeceu, mas a chama continua acesa. As pessoas geralmente gostam de quem mostra fotos e conta sobre experiências dos lugares onde estiveram. Eu parei de viajar, mesmo a lugares perto de São Paulo, em praias aonde ia com frequência e de onde vinha cheia de coloridas experiências. Hoje tudo mudou. Há uma chama acesa dentro de mim que de repente me fez compará-la àquela pequena chama que se vê nos altares das igrejas católicas, e que dizem ser o espírito de Deus sempre presente, porém quase invisível. Minha chama também arde. Só que não sendo Deus, sinto que tenho um pouco dele no meu coração, o que me faz conservar essa pequena chama sempre brilhando e dando graças por ter chegado até aqui com lucidez suficiente para estar de bem com a vida e ser grata a tudo o quanto recebi até hoje! 

sexta-feira, 5 de julho de 2019

TAREFAS DOMÉSTICAS




donald duck sleeping GIF



Faça suas tarefas como quem está filmando um vídeo para postar nas redes sociais.
Fica menos cansativo. Você não imagina a energia extra que surge quando pensa que está sendo filmado/a!

quinta-feira, 4 de julho de 2019

UMA EXPERIÊNCIA

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Sair de si por um tempo e depois voltar.
Acho que é isso que o artista faz.
O artista é um corajoso.

Eu queria ser artista.
Mas falta coragem.

memória imediata x memória remota




Hoje chove após 27 dias de seca em São Paulo. Já que não posso levar as cachorrinhas para o passeio matinal comecei a filosofar sobre o que me vem ao pensamento. Fazer de um simples evento vivido há tempos remotos é o suficiente para uma complicada sequência de cenas que me vêm à memória.

Uma das coisas que constatei nessas viagens de pensamento é que a natureza é caprichosa mas convenhamos, sabe lidar com tudo para nos dar alguma chance de gratidão.

Reparem que com a idade (isso os mais velhos, claro) vamos perdendo a memória imediata (já não sabemos o que viemos fazer no computador assim que ele nos mostra sua tela iluminada; o que viemos fazer na cozinha quando lá chegamos; aonde íamos  assim que pegamos o carro; o que íamos comprar ao chegar no supermercado, etc.), mas lembramos em detalhes certa vez em que aconteceu isso ou aquilo de agradável ou doloroso, ou mesmo coisas comuns em que não estão presentes emoções marcantes. Há espaço no nosso hardware onde ficam arquivos salvos que podemos acessar de repente, dependendo dos caminhos do pensamento.  Ao mesmo tempo há arquivos temporários que somem espontaneamente.

Os computadores são exatamente a cópia (sem alma) do ser humano. A um ponto em que conseguem chegar a resultados mais exatos que nosso cérebro poderia.

Daí eu penso que as emoções são o fator que nos separa da máquina e que suspeito serem as únicas responsáveis pelo sofrimento e prazer das pessoas. 

Há momentos em que, observando minhas cachorrinhas, gostaria de passar um dia inteiro no lugar delas, apenas para saber como sentem a vida.....

sábado, 11 de maio de 2019

BISCOITOS DE POLVILHIO

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      (imagem da internet)





Fui toda animada para a cozinha (isso ainda me anima rsrs) fazer uma nova receita encontrada na internet: biscoitos de polvilho. Gosto de ter alguma coisa à mão enquanto assisto TV, quando vem aquela fome de "não sei o que". E me parece que biscoitos de polvilho sempre caem bem.

Já estou a meio caminho da receita e percebi que vai dar besteira. Vou aguardar para confirmar minha suspeita.

Enquanto o biscoito não fica no pronto comecei a filosofar que sou uma pessoa produtiva, curiosa e sempre querendo inventar coisas novas. Contento-me no campo culinário, já que ocupa grande parte de meu tempo que já anda escasso.... e aí veio-me uma reflexão a respeito de minha natureza inconformada com coisas mal feitas. Quando vislumbro um resultado negativo naquilo em que investi meu tempo e trabalho, logo me ponho a achar que a vida é perfeita porque tem um fim. E começo a fazer filosofia sinistra. Por exemplo: que bom que a morte resolve tudo, você provavelmente não precisa mais ir para a cozinha (que no caso é minha mania...) e ver alguns esforços darem em nada. Até suas paixões vão deixar de ter importância, na morte. Acaba tudo. Olha só que instigante é a morte. Você não tem ideia do apagão que irá acontecer. Se não houver um pingo de memória a ser levada para uma outra vida, acabou tudo....veja só! Acabou-se o que era doce e o que era salgado também!!!

domingo, 14 de abril de 2019

A carta ao pai que nunca foi escrita



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Kafka precisou escrever sua Carta ao Pai para exorcizar os demônios que habitavam sua alma. Vomitou tudo o que havia guardado dentro do coração durante anos. Ao ler sua Carta ao Pai chorei muito e quase vomitei minhas mágoas em relação ao meu pai.Durante anos senti necessidade de escrever minha carta ao pai, mas me faltou coragem. Mais tarde percebi que meu sentimento em relação a ele não era mais de medo e respeito. Era de indiferença.  Vivo as consequências por ter tido um pai carrasco. Não consegui em toda a vida amar um homem sequer. Nunca disse "eu te amo" para nenhum deles. Por que? Porque para amar você precisa confiar. E eu perdi a confiança bem cedo. Ainda criança. Já pressentia um destino rigoroso. Sabia que teria que aprender a me virar sozinha. Não podia contar com ninguém para me proteger. Minha mãe fez o que pôde, mas não pôde o suficiente porque era depressiva. Lutou para sobreviver à doença mental que sempre a perseguiu. Vi-me então buscando forças na metafísica para ver se encontrava meios de viver, nem que fosse na corda bamba. Bem ou mal consegui ir cavando um túnel de proteção durante a infância, adolescência e vida adulta. Hoje, bem idosa, agradeço por ser uma sobrevivente para poder testemunhar uma coisa: nunca é tarde para se encontrar um respiro de paz. Só agora, no fim do caminho, através dos meus filhos, pude conseguir um pouco de alento para a velhice, e na companhia de minhas cachorrinhas posso assegurar que vivo uma existência em que há espaço para uma certa felicidade e muita gratidão. Gratidão em primeiro lugar a meus dois filhos e em segundo lugar a minhas cachorrinhas que são uma companhia preciosa em meus dias atuais. Nunca senti falta de homem. Percebi que não era essa a companhia que iria me fazer feliz. Para ser casada precisaria de uma qualidade que me foi arrebatada em criança: a confiança nos homens. Só confio em meus filhos. Os únicos homens que me fizeram sobreviver!!!

Por isso nunca escrevi minha Carta ao Pai. Não tenho raiva nem o mínimo amor por ele. Pertence ao território da indiferença, do esquecimento. 

quarta-feira, 27 de março de 2019

eletrodomésticos vs duração da vida humana.

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Numa conversa com meu filho disse ele que podemos calcular o tempo de vida pelos fogões e geladeiras que tivemos. Não incluiu a máquina de lavar roupas. Interessante. Quem já teve 3 fogões ou 3 geladeiras, caso não seja muito cuidadoso e a marca dos eletrodomésticos seja razoavelmente boa, deve estar na faixa dos 40/50 anos. Eu só tive lavadora de roupas depois de casada. Já me separei do marido mas a máquina continua a mesma: 47 anos. Fogão já tive uns 3 e geladeira idem. Sou cuidadosa, portanto pode ser a minha cota para essa vida. Se houver outra vida, espero que os problemas domésticos sejam menores....

quinta-feira, 21 de março de 2019

SEGURANÇA






Enquanto varria a casa dei com o olhar de minha cachorrinha pousado em mim, e lembrei-me de que, quando era criança e via minha mãe ou minha tia varrendo a casa e eu deitada na cama (devia ser muito pequena ainda) era invadida por uma sensação muito gostosa de segurança e não sei se foi o que vi agora nos olhos de minha cachorrinha. Acredito que sim. Todos os seres vivos se sentem em paz quando percebem um ambiente de harmonia ao redor deles. Tudo isso são suposições minhas, pois não tenho provas cientificas de nada do que digo. Mas tenho certeza que na infância (e talvez na vida canina) alguns gestos simples chegam para transmitir a paz que um ser vivo merece.

Se ao menos as pessoas percebessem que pequenos gestos que simbolizam segurança (embora esta esteja sempre sob ameaça) significam uma reserva imensa de paz nos corações de crianças, adolescentes, adultos e animais. 

Quem disse que eu ainda não sinto o chão tremer de vez em quando e o céu rugir? 

quinta-feira, 14 de março de 2019

Soltando amarras...




                               (minha flor predileta)


Agora que estou na reta de partida, gosto mais da vida. Não é preciso ter tanto compromisso. Não é preciso ter mais nenhum compromisso. Só quero estar em harmonia com o que está acontecendo. Entender, relevar, se necessário for. Começo a simplificar as coisas. Os enunciados, as fórmulas, as regras. Percebo que não é preciso levar nada muito a sério. Estar alerta ao que se precisa fazer é suficiente. E quase nunca preciso afirmar uma ideia. Cada um vai procurar a sua. E vai encontrar, mais cedo ou mais tarde. Isso é bom demais. Sobra tempo para saborear as coisas.

Não sei criar estórias. A vida já é muito rica. Intensa o suficiente para que eu elabore o que está acontecendo. Nem sempre é fácil. Nem sempre consigo.

Mas aí me lembro da frase da Dona Canô, mãe de Maria Bethania, ao responder como conseguiu viver tantos anos: "Simples. É aceitar o que está se passando".




domingo, 24 de fevereiro de 2019

VAI E VOLTA.....

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Perguntaram à Dona Canô (mãe de Maria Betânia) como conseguia tanta disposição apesar de seus cem anos de idade. Qual o segredo de tamanha serenidade? Ela respondia: "É aceitar o que está se passando". 

Comecei com esse prefácio para escrever sobre o que estava sendo construído nesses últimos dias, tomando forma e sequência no dia 9 de fevereiro passado.


Há algum tempo eu andava insatisfeita (como pensamos e decidimos a torto e à direito, oh!) com muito trabalho a fazer em casa, mesmo morando sozinha. Acreditei ser porque num apartamento de 3 dormitórios, duas salas, dois banheiros, dois terraços, cozinha e lavanderia, sobrava-me pouco tempo para o lazer. E aconteceu o que menos esperava: o apartamento em frente vagou e o dono dividiu-o em 2. Um de 45m2 e outro de 35m2. Observando a reforma achei que o de 45 seria a salvação da lavoura. Lá trabalharia menos e sobraria tempo para algum lazer. Falei com o dono e no dia 9 fiz a mudança. Contratei um casal que levou tudo o que era pesado de um canto para o outro. 


Logo no primeiro dia avisei a prestadora de serviços que precisava mudar o ponto da TV/Internet/Telefone fixo e assim cobraram 90,00. Fiquei empolgada com o novo cantinho, até que chegou a hora de dormir e vi que minhas cachorras não sabiam onde se acomodar. Olhavam-me com uma carinha que dizia: onde você veio nos enfiar????


No dia seguinte, ainda cansadíssima, fiz um almoço simples e meus filhos vieram. Um deles falou: mãe, seu quarto parece uma despensa. Realmente, era pequeno e não tinha janela. Só azulejo de vidro para clarear um pouco. Ao amanhecer eu não dormia mais e à noite entrava luz da rua.....


Para resumir, 4 dias depois já estava eu de volta ao velho apartamento de 3 dormitórios. E pagando tudo outra vez: mudança de móveis e ponto de internet. etc.


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Alguém já disse que tudo é relativo (Dr. Einstein) então eu pude sentir na pele e no bolso o que significa retomar um esquema antigo e desta vez achar minha situação MARAVILHOSA. Que delícia voltar a respirar sem ter uma cadeira ou uma parede na frente a me prender os mínimos movimentos. E ganhei dois presentes nessa volta. Foi tirada uma mesa gigante da sala (que fazia parte do pacote quando aluguei o apê) e meu fogão finalmente pode reinar com seus 4 pezinhos, já que estava embutido num local muito alto que me obrigava a cozinhar subindo num tablado.


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Sou protegida pelo Divino. O proprietário não cobrou os dias em que passei no outro apartamento (ele é dono do prédio) e não havia ainda assinado qualquer contrato. Decerto pressentiu que eu mudaria de ideia.

Mas assim mesmo separei muitas coisas para doação que o caminhão virá buscar amanhã.

segunda-feira, 21 de janeiro de 2019

viajando na filosofia de forno e fogão






Como tudo é relativo (e essa é uma verdade incontestável), pratico minha filosofia de forno e fogão, às vezes de pia, o que hoje é o caso. 

Pensando na relatividade das coisas, presumo que minhas reflexões são tão válidas como a de pensadores famosos. A diferença é que eles tiveram o dom. Falaram sobre mundos desconhecidos, abriram portas imensas! Eu tenho a felicidade de haver absorvido um pouco de seus pensamentos e arrisco uma filosofia trivial....

Hoje estava eu pensando, enquanto lavava a louça, que depois que  me for, as coisas que hoje toco serão tocadas por outros. Esse prato que agora lavo (caso ainda não tenha quebrado), esses talheres, copos, etc., serão usados por mais alguém e seus destinos serão outros armários. Achei isso tão instigante que mesmo tendo acabado de desligar meu PC, voltei a ligá-lo porque não sei editar meu blog pelo celular. 

Acredito numa interligação de tudo, uma finalidade de colaboração utilitária comum a tudo, não só aos seres vivos, mas às coisas que os servem. Não só acredito nisso, como acho que uma certa quantidade da energia de cada um de nós fica impregnada em tudo o que tocamos. Tudo serve para alguma outra finalidade. Até no buraco negro deve haver alguma coisa daquilo que existe fora dele....

Não me levem a sério, devo estar abusando da metafísica. É que não consigo guardar minhas ideias, gosto de compartilhá-las, caso contrário não teria um blog.