Ontem, já deitada em minha cama, percebi que minha cachorrinha precisava, como de costume, fazer a ronda noturna e explorar o apartamento, antes de dormir. Tem essa mania. Às vezes dá uma "fome noturna" e ela ataca a ração até o último grão, tarde da noite.
Ouço-a latindo para o quarto onde fica o computador. Não parava de latir, até que levantei-me para ver o que era. Havia deixado a roupa que usei durante o dia, estendida no encosto da cadeira do computador: a calça comprida por baixo e a blusa por cima. E a cadeira do computador ficou longe da mesa, no meio do quarto. Pensei: quem sabe ela confundiu a roupa comigo e deve ter ficado intrigada, pois a essa altura eu havia me duplicado, e a outra de mim estava na cama há alguns segundos atrás.
Não tive dúvidas: de um golpe só arrastei a cadeira de rodinhas para perto da mesa. A cena que se seguiu foi muito engraçada e até agora dou gargalhadas quando me lembro: ela saiu feito um míssil teleguiado, numa velocidade que a fez escorregar no carpete de madeira, pensando sei lá o que, vendo-me empurrar "minha outra pessoa", e ainda mais de um golpe só :) Não conseguia dormir de tanto dar gargalhadas incontroláveis ao recordar a cena...
Essa cachorra me surpreende a cada dia. Estou vivendo algumas experiências inusitadas com ela!
2 comentários:
Que divertido, rio ao imaginar a cena. Os nossos amigos cães têm reacções mesmo divertidas.
Fez-me também lembrar uma vez em que acordámos com a minha amiga boxer a ladrar freneticamente na sala. Ela costumava dormir num recanto da cozinha. Mas, por vezes, ao acordar, ia dar uma volta pela casa.
Naquele dia ladrava como quando via gato. Levantámo-nos todos para ver o que se passava. Quando a vimos, desatámos a rir. Estava ela no meio da sala, a ladrar de cabeça baixa com ar ameaçador para uma esculturinha que eu tinha levado na véspera, que estava no chão, e que era uma mulher gorda sentada numa cadeira a tricotar. Ela deve ter achado que era algum ser estranho que tinha invadido a sala.
Tivemos que mudar a escultura de sítio e fazer-lhe festas para ela ver que o extraterrestre era pacífico.
Uma alegria grande, não é Sónia?
Beijinhos e boas diversões!
Nossa, já imagino a cena da escultura da mulher tricotando e a cachorra a latir doidamente. Deve ter sido muito engraçado. Eu tenho pena dos animais, que não podem falar, como nós humanos, para dizer o que sentem e o que querem. Fico sem saber o que fazer quando a Juju tem alguma reação estranha ou por exemplo, agora está como que engasgada com algum pedacinho da ração que deve estar lhe roçando na garganta. Ela puxa a garganta como alguém que quer se livrar de um resfriado mais pesado...tadinha... vou levá-la na rua para ver se ela ainda quer fazer alguma necessidade...rsrsr
Beijocas, bom fim de semana e obrigada pelo comentário tão gostoso de ler.
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