A MENOR MOEDA DO MUNDO (0,5 CM DE DIÂMETRO) FONTE: FOLHA ON-LINE
Limpando os banheiros, exatamente no momento em que estava passando um pano no vidro do box, veio-me um pensamento: como devo fazer as coisas? Caprichando em cada movimento que faço? Fazendo tudo + ou - contanto que fique apresentável? Colocando uma intenção em cada ato, oferecendo ao Ser Superior, na esperança de que do outro lado haja um "banco de créditos e débitos" e que não custa fazer depósitos intencionais a favor deste Banco Divino, pois não sabemos se contam pontos em nossa jornada?
Há algo em mim que custa a crer que tem o mesmo saldo nesse Banco Metafísico quem é relaxado e vai levando a vida como um sem-teto, quem não dá valor às coisas que por empréstimo passaram a fazer parte de sua vida, seu conforto, tornando a existência menos penosa, e o sujeito que sente gratidão por pequenos favores, aquele que cuida com carinho daquele mínimo que lhe foi possível adquirir.
Quem entrou numa casa simples, no interior, e viu aquele piso lustroso feito de "vermelhão", as panelas brilhando, penduradas numa prateleira da cozinha, tudo cheirando a limpeza, será que não pensou que essa pessoa é grata ao Poder Supremo, será que não filosofou sobre a diferença de trato que há entre essa humilde pessoa (rica de alma) e o sujeito que nem olha para o que adquiriu com facilidade, ao entrar em sua residência decorada com luxo, achando que isso é o mínimo que poderia lhe dar condições de viver dignamente?
Depois de limpar o vidro do box pensei que tudo é uma questão de conscientizar-se do fato e nesse exato momento já temos uma responsabilidade sobre ele.
Decidi caprichar em tudo. Sempre que puder vou fazer as coisas e oferecer meu esforço físico em nome de algo menos material, em nome de quem criou este universo, em nome de quem me colocou nele.
É uma questão de confiança. Tenho que confiar em algo dessa natureza, já que confiar no ser humano está se tornando uma tarefa cada vez mais inglória!
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