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segunda-feira, 13 de junho de 2022

peneirando


                                                                            (imagem da internet)


Há tanta coisa acontecendo que não dou conta. Minha mente filtra o que ainda posso elaborar. Quase não interagindo com as pessoas, feliz por dar conta daquilo que me é mais caro, vou digerindo como posso o que me acontece. 

Presenciando a morte de outros surge a curiosidade natural em saber como será a minha. Prefiro-a sem dor e súbita. Mas quem disse que posso escolher a forma? 

Já fui mais animada nas minhas escritas aqui no blog. Hoje me restrinjo ao que ainda dou conta. Dou conta de cada vez menos. Dói tudo cada vez mais. Não me queixo, apenas registro. 

A vida é a arte de peneirar. Vai-se descartando o que já não serve, selecionamos o que ainda faz sentido, 

Não podemos nos esquecer de jogar fora as peneiras que já não resultam. Precisamos sempre de renová-las por umas com telas mais largas, pois o material que nos resta fica cada vez mais escasso. 

Restam-me algumas poucas pedrinhas que podem dispensar as peneiras mais finas.

O que restará na última peneirada a que terei direito?

2 comentários:

redonda disse...

Eu queria agarrar tudo e já sei que não consigo, devo também começar a peneirar.
um beijinho grande daqui e boa noite
Gábi

sonia disse...

Querida amiga, à vezes peneiramos sem nos dar conta. É um processo natural da nossa evolução.
(Não sei como postar aqui c om meu nome, só no ANÔNIMO. Sou a Sônia, trilha8@gmail.com.