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domingo, 27 de junho de 2021

MEU MESTRE, FERNANDO PESSOA








Só estou plena e satisfeita quando leio o Livro do Desassossego, de Fernando Pessoa. É quando consigo perceber o que é a vida, como são as coisas e seus significados, como posso ir um pouco além da mentira e mediocridade da percepção do mundo, do existir neste mundo. Pela 4a. vez estou mergulhada na experiência de reler essa obra que me explica o inexplicável!

sexta-feira, 18 de junho de 2021

para ouvir no silêncio da sua reclusão

 https://youtu.be/S-Xm7s9eGxU




segunda-feira, 7 de junho de 2021

AUTO-TERAPIA





Já disse aqui que tenho o blog como uma auto-terapia. Peço que me desculpem se não correspondo ao que esperam de uma postagem interessante. Nem sempre ela o é. Mas se a mim ajuda um pouco a curar feridas mal cicatrizadas já é excelente.

Não estou em idade de procurar ajuda em terapias, já o fiz num passado relativamente distante. Agora tenho o dom de certos arrebatamentos que me trazem ao computador para deixar registrados mais eventos que me vêem à memória a cada dia. Pressinto que é sinal de final de percurso no planeta e considero um privilégio ter a lucidez de fatos que ontem me eram obscuros.

Hoje vejo claramente porque uma pessoa de meu relacionamento está passando pelo mesmo karma que ela infligiu à sua mãe. Não tenho o direito de colocar isso às claras para ela. Respeito demais o caminho que cada um prepara a si mesmo. E tenho certeza que isso deve ser assim. Somos nós que escolhemos nosso futuro. A cada dia de nossa vida temos opções de ir por aqui ou por ali. Lembro-me do filósofo Zygmunt Bauman com a teoria sobre liberdade x segurança  https://www.youtube.com/watch?v=Q3TdhIjBW5Q que disse ser impossivel ter sempre os dois ao mesmo tempo. 

Na época em que eu era jovem não havia conhecido Bauman mas intuitivamente sabia dessa verdade. Fui temperando toda a vida entre uma coisa e outra e hoje percebo que preparei o terreno da minha velhice. Quem diria? Sou grata a esse dom.

terça-feira, 1 de junho de 2021

DEPRESSÃO E ANSIEDADE



Tema de difícil discussão, até porque paira um certo preconceito em torno disso.

Só há 2 ou 3 anos resolvi atacar o problema de frente. Tinha resistência, pois com mãe doente dos mesmos males, sempre medicada e nunca apresentando melhoras significativas, não queria me submeter a tratamentos químicos, até que cheguei a um ponto  em que me rendi.

Melhorei bastante, pois hoje os medicamentos são mais eficazes que há 50 ou 60 anos quando minha mãe sofria o auge da doença.

Conheço meu organismo relativamente bem e sei que estou novamente num processo de distúrbio mental, começando a me perturbar. Tenho mais medo de mais coisas, fico ansiosa com fatos que os outros (normais) tiram de letra , mas agora o problema de resistência é outro. Não quero pensar em aumentar as doses dos remédios. Vou dar um tempo até a pandemia acalmar a ver se acalmo também. 

Usando a expressão de uma amiga gaucha : Arre Égua! vou tolerando, tolerando.....