A experiência de morar sozinha ao menos para mim é muito boa, pois aprendi que sem amor verdadeiro entre um casal é quase impossível compartilhar sem abrir mão da qualidade de vida. Gostamos cada um de certas coisas e é difícil encontrar quem nos compreenda e nos respeite em nossas escolhas de como viver nosso dia-a-dia.
Por essas e outras, a essa altura da vida, optei pela companhia de uma cachorrinha. Acho que nunca estive tão feliz com um ser vivo morando comigo. É um carinho só. Parece minha sombra, ainda meio sem saber em que planeta está (pois saiu de uma casa onde havia crianças e outros cachorros e se meteu em um apartamento com carpete de madeira).
Que delícia assistir ao jornal na TV com um ser aconchegante e quentinho ao meu lado, que gosta de companhia e não exige nada em troca.
Ela tem um local improvisado (mas bem quentinho) para dormir no chão do meu quarto. Esta noite deitamos, cada uma em seu leito, e ela logo se acomodou na cobertinha. Ao vê-la ali tão silenciosa, ficamos num diálogo mudo, enquanto não vinha o sono. Eu podia sentir as palavras não ditas que haviam em nosso diálogo mudo. Veio-me ao pensamento que na maioria das vezes as palavras são supérfluas e desnecessárias. Ontem o silencio entre eu e minha cachorrinha foi mais rico do que qualquer diálogo. Fez com que eu pensasse sobre o mundo dos bichos de forma que nunca havia pensado antes. Eles vivem tão bem sem tagarelar....
2 comentários:
Muito fofinha, desejo que compartilhem muitos belos momentos juntas!
Já estou achando que esse é um momento para se viver intensamente, pois está me trazendo uma alegria sem cobranças. Não tem preço!!!
Beijos.
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