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sábado, 13 de abril de 2013

morar dentro do coração depende só de nós!


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Cada vez mais encontro grandes alegrias nas pequenas coisas.
Quero lhes falar sobre fatos corriqueiros, mas que por terem sido vivenciados com a máxima atenção, acabaram por se tornar verdadeiros mestres para os meus dias.

Vou explicar melhor descrevendo o que poderia ilustrar o que digo acima.
Estou gripada (gripe que avalio como sendo causada por um estresse pós-operatório, pois operei a catarata nos dois olhos há 2 semanas). Nesses dias não tenho tido muito apetite, muito menos disposição para sair e fazer compras ou preparar refeições. Acabei juntando as poucas energias e comprei dois pedaços de frango assado no supermercado mais próximo. Não têm gosto. E não por causa de eu ter perdido o paladar, pois raramente perco o sentido do paladar durante uma gripe. 

Disse tudo isso para chegar a uma questão mais importante, muito relevante para mim. O "saber se tratar bem". Quando somos crianças, há quem faça isso por nós, se tivermos sorte de nascer em uma família amorosa. Eu tive quem cuidou de que as coisas funcionassem  mais ou menos como eu precisava. Mas mesmo assim senti que alguma carência ficou no passado e que cisma de vir à tona algumas vezes. E chegou hoje no momento em que fazia meu prato, na hora do almoço. Cortei o frango, desossei-o, piquei-o  em pequenos pedaços  e coloquei-os ao lado do macarrão, como se faz para uma criancinha comer. Senti que estava "cuidando de mim" porque em algum momento do passado houve um "gap" e hoje isso se revelou. Não culpo ninguém. Tive muito mais que muitas crianças tiveram. Aliás, o tema "criança" é o que mais mexe comigo. Não consigo ver ou saber de uma criancinha sofrendo alguma coisa. Fico desorientada e deprimida.

Então eu quis acreditar hoje, que dá para recuperar alguma coisa que ficou faltando no passado, mas que isso necessariamente não depende dos outros para ser realizado. Você mesma pode fazer uma auto cura, trazendo aos poucos as situações em que pode cobrir com carinho as rachaduras, as brechas que ficaram guardadas na casa da infância. 

Se tiver sorte como eu tive hoje, acredito que dá para fechar as pequenas fendas que vão se revelando, pintar a nova casa e morar num lugar mais aconchegante dentro do seu coração.

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