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quinta-feira, 19 de julho de 2012

A ALMA DAS COISAS







Estava aqui a filosofar sobre a alma das coisas.

Lavando minha panela de pressão, que me acompanha há 41 anos e ainda está perfeita, fiquei pensando que quando eu morrer esses objetos que seguem comigo durante tanto tempo, vão sentir minha falta. Sei que isso parece um pouco piração de minha parte, mas tenho amor (não apego) por todas as coisas com as quais lido no dia a dia. As plantas que ficam no terracinho, as pedras e conchas que foram coleção de minha mãe e que hoje estão em vasilhas enfeitando como podem um cantinho ou outro, mas o que me impressionou justamente agora há pouco, foi a sensação pelos utensílios de cozinha, talvez porque sejam eles os que mais recebem meu contato físico, diariamente. Usando-os, lavando-os, enxugando-os, guardando nos armários e gavetas, devem ter de alguma forma absorvido minha energia (essa física quântica ainda vai me levar a um hospício...:). Nesses momentos de contato com os objetos chego a agradecer por terem me ajudado tanto nos meus afazeres domésticos. Cheguei a me comover com isso, mas não me levem a sério pois ando me emocionando com coisas que aos outros não fazem o menor sentido.

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