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sexta-feira, 28 de junho de 2024

UM DIA NO HOSPITAL SÃO PAULO




Ontem precisei acompanhar meu filho para um procedimento cardíaco, feito num hospital de São Paulo. Permaneci por lá das 10h00 até 18h00, até que ele fosse liberado. Felizmente, correu tudo como o esperado. Durante essas 8 horas tive bastante tempo para observar à minha volta tudo o que se passava. Como estava sozinha, essa observação pôde ser mais meticulosa. Posso dizer que me senti fazendo parte do quadro de colaboradores do hospital. De minha parte contribui com o respeito e silêncio nos corredores de espera em que fiquei. Muitas cenas se passaram, então. Nunca antes havia tido a oportunidade de ver o trabalho árduo de funcionários humildes, em tarefas que iam desde a limpeza de corredores e transporte de macas, como de enfermeiros levando doentes em cadeiras de rodas, muitas vezes com o soro pendurado numa haste. Num dos corredores em que fiquei, havia uma mulher com um casal de filhos, mas não estava com o semblante preocupado, e sim, alegre. Logo me dirigiu a palavra pra dizer que os filhos eram praticantes de jiu-jitzu. E ainda disse que a filha, de 10 anos, achou meus cabelos brancos, lindos. Agradeci e comentei que já foram mais bonitos quando eram fartos, hoje bem menos fios enfeitam minha cabeça...

Agora, recordando o dia de ontem, parece que ainda estou naquele hospital. Sinto um pouco de culpa por ter abandonado aquele campo de trabalho tão iluminado pelo amor, como se tivesse deixado pra trás uma turma de amigos! Houve momentos tristes, quando a alguns metros de onde estava, havia 2 ou 3 mulheres chorando bem alto, com certeza algum parente com problemas sérios ou mesmo óbito de alguém da família. 

Senti que, apesar de ser um local simples, sem luxo algum, havia uma atmosfera de amor, uma vibração de trabalho de cura, gentileza no trato e prestação de serviços a quem chegava.

Nunca mais vou entrar num hospital sem parar um pouco e mandar enegia boa para o lugar que, com certeza, indica ser abençoado por Deus!

segunda-feira, 24 de junho de 2024

O BARULHO DE HOJE


                                                    ( do terraço de onde moro, 16o andar)



Hoje, das 18h00 às 20h00 , já noite, em uma escola a um quarteirão de onde moro, crianças  provocavam uma algazarra daquelas de irritar quem gosta de silêncio. É o meu caso. Ao mesmo tempo, enquanto adiantava o almoço de amanhã, pensei no meu tempo de escola e constatei que nunca brincávamos tanto e tão ruidosamente como as crianças o fazem agora, nas escolas, ao menos nos grupos escolares de ensino público. E considerei o quanto isso pode ser bom para as crianças, de um certo modo, pois alivia tensões (que andam altas!) e  ajuda  num sono melhor. Quando eu estudava no ensino básico e no ginasial, o máximo a que tínhamos direito era um jogo de volei de vez em quando ou de "queimada". Às vezes cabra-cega ou outra brincadeira qualquer. Mas nunca havia gritaria intensa como agora, apenas um alvoroço maior, um gritinho aqui e ali e era só. Bem, estudei em colégio de freiras (o que hoje lamento muito) e qualquer som fora da escala permitida era premiado com castigo.

Então, não se pode negar, de um mal as crianças não sofrem hoje em dia: repressão de suas manifestações, impedimento de botarem pra fora suas tensões. 

Apesar da loucura que se manifesta em certos grupos nas redes sociais, hoje já ninguém sofre recalcado!!!

Azar de quem gosta de silêncio!

segunda-feira, 10 de junho de 2024

Num sonho realizei meu sonho.




Sempre busquei o amor, mas, de verdade, nunca amei um homem. Faltava-me a confiança em cada namorado que tive, até naquele que viria a ser meu marido. E eu não estava errada: as previsões se confirmaram. Meu casamento acabou cedo...

Mas não entrei aqui hoje para me queixar, quero registrar um instante de muita alegria, um sonho que tive na noite retrasada. Nunca havia acontecido de, num sonho, eu conhecer o que poderia ter sido (claro, pois foi apenas um sonho) o amor da minha vida. Nunca senti coisa igual: havia uma sintonia perfeita entre nós, tão perfeita, que posso dizer que já sei o que é amar e ser amada por um homem. 

Ele era claro de cabelos castanhos e tinhamos ambos ao redor de 30 anos ou mais um pouco. Houve apenas um abraço entre nós, mais nada. Naquele abraço eu senti que estava no céu e percebi que o sentimento era recíproco.

Durou o que duram os sonhos, muito pouco. Mas a sensação de amar e ser amada (de verdade) ficou marcada na minha alma!

Agradeço ao meu anjo da guarda!!!