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sexta-feira, 16 de fevereiro de 2024

outro trecho do escritor Henry-Frédéric Amiel (1876)



Devo acrescentar uma coisa que muito me surpreendeu e desagradou  no Amiel. Ele é extremamente machista. Há vários textos em que ele deixa bem claro que a mulher nasceu para ser um ornamento daquilo que o homem cria. Diz que mulher não tem capacidade para profissões que exigem pragmatismo, raciocínio e cálculo. Que a mulher deve obedecer as ordens de um homem, se quiser ter uma vida realizada.... kkkkk. Realmente, ninguém é perfeito!!!



Já naquele tempo havia o que hoje nos perturba a calma: pessoas radicais, que se acham no direito de inocular suas palavras muitas vezes venenosas, na mente de pessoas que estão apenas trocando idéias com outras e não fazem questão de discutir quem tem razão.

Vejam o texto abaixo:


"É mesmo o aborrecimento perpétuo da sociedade, êsse torneio de verbosidades impetuosas e inestancáveis, que têm o ar de saber as cousas porque delas falam, o ar de crer, de pensar, de amar, de procurar, enquanto tudo isso é apenas ruído vão, aparências, vaidades, palavrório. O pior é que, estando o amor-próprio atrás desse palavrório essas ignorâncias frequentemente são ferozes de afirmação, tomam-se essas parolagens por opiniões, apresentam-se os preconceitos como princípios. Os papagaios consideram-se sêres pensantes, as imitações dão-se como originais, os fantasmas de idéias entendem ser tratados como substâncias,  e a polidez exige que entremos nessa convenção. É fastidioso."

2 comentários:

redonda disse...

Acho que nunca tinha lido nada dele

sonia disse...

Ninguém é perfeito. Ele é machista ao extremo.Considera a mulher um adorno para o homem, alguém que não tem raciocínio, que não consegue produzir nada de importante, e que nasceu para servir ao homem. Isso me irritou, mas procurei olhar o lado bom dele. Pena que no final não se sentiu realizado como pessoa, pois sempre buscou a perfeição e evitou se jogar na vida. Pagou o preço!!!