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segunda-feira, 20 de junho de 2022

reproduzindo uma postagem de 2018 ( homenagem à minha mãe)

 


                                                 (tenho uns 50 volumes destes livrinhos preciosos)

Deito-me para descansar um pouco, talvez dormir. Na posição "deitada de lado", recolho um pouco as pernas e eis-me, sem querer, na posição fetal. De repente isso me lembra o dia das mães, que se comemora hoje. Posição fetal é o sinal mais evidente de que fomos gerados e nos desenvolvemos de um jeito  enrolado para nos proteger do que ainda não pressentimos Mesmo antes de nascer somos frágeis, já podemos antever que a condição do homem é de total fragilidade. Por isso quando vemos uma pessoa deitada nessa posição, por maior e mais musculosa que seja, vai deixar aparecer uma certa fragilidade que é inerente ao ser humano e a muitos animais. 

Minha homenagem póstuma ao dia das mães é agradecê-la por ter cuidado para que eu sobrevivesse à vulnerabilidade da vida, por ter me alimentado, cuidado de minhas necessidades vitais e pela dedicação que colocou na minha vida intelectual, ensinando-me a ler aos 5 anos de idade, comprando a coleção inteira das Edições Melhoramentos, Biblioteca Infantil,  dos livrinhos de contos infantis (que guardo até hoje). 

Só eu sei o que daria para tê-la ao meu lado novamente. Mas é poder que não tenho, fazer voltar o passado. O que posso no momento é pedir que esteja usufruindo de todo o direito de ser feliz seja onde for, que é o que merece, por ter sido uma heroína, considerando o que passou na vida e conseguiu superar até seu último dia.

domingo, 19 de junho de 2022

um domingo abençoado



Coloco meu PC no https://www.accuradio.com/, escolho Beautiful Music  (no momento toca "In the Still of the Night" com 101 Strongs), e vou deixando desfiar meu domingo que, quando dentro da rotina, é abençoado. Faço almoço para um dos filhos que mora perto e bem agasalhada, pois o frio está bravo,  deixo o tempo passar sem me afligir com qualquer compromisso, a não ser receber de coração aberto a melhor companhia que tenho (filhos). Quem não os tem já deve ter ajeitado sua vida com outra rotina e garanto que, se bem administrada, é capaz de dar alegria o suficiente para seu dia.

Dizer o que, hoje? Ah!, sim, sobre meus sonhos, que andam um bocadinho diferentes em sua apresentação. Não me permitem recordá-los por inteiro, como há pouco tempo. Só tenho flashs, e assim mesmo de partes deles. Estranho acontecer isso. Por que será? Gostava de poder recordá-los e pesquisar um pouco seu significado, se é que há algum. 

No momentyo ouço "You call it madness, com Jackie Gleason & His Orchestra", e confesso que não a conhecia...




segunda-feira, 13 de junho de 2022

peneirando


                                                                            (imagem da internet)


Há tanta coisa acontecendo que não dou conta. Minha mente filtra o que ainda posso elaborar. Quase não interagindo com as pessoas, feliz por dar conta daquilo que me é mais caro, vou digerindo como posso o que me acontece. 

Presenciando a morte de outros surge a curiosidade natural em saber como será a minha. Prefiro-a sem dor e súbita. Mas quem disse que posso escolher a forma? 

Já fui mais animada nas minhas escritas aqui no blog. Hoje me restrinjo ao que ainda dou conta. Dou conta de cada vez menos. Dói tudo cada vez mais. Não me queixo, apenas registro. 

A vida é a arte de peneirar. Vai-se descartando o que já não serve, selecionamos o que ainda faz sentido, 

Não podemos nos esquecer de jogar fora as peneiras que já não resultam. Precisamos sempre de renová-las por umas com telas mais largas, pois o material que nos resta fica cada vez mais escasso. 

Restam-me algumas poucas pedrinhas que podem dispensar as peneiras mais finas.

O que restará na última peneirada a que terei direito?