Agora vivo num eterno observar: dentro e fora de mim. E por estar na idade avançada que me foi permitida, tenho insights o tempo todo do que já vivi.
E nos sonhos norturnos, porque já não sonho acordada, vivo vidas totalmente estranhas à que vivo agora. Pergunto-me se por acaso serão vidas que ainda percorrerei ou as que já vivi e não as posso recordar...
O que mais me emociona é o mistério do que ainda não sei e não saberei enquanto viver. Também não sei se saberei depois que morrer. Medo não tenho do desconhecido pois sempre fui curiosa e continuarei sendo...O que me deixa triste é saber que terei que me despedir dos meus filhos. Das minhas cachorras se sobreviverem à minha morte. Dos amigos o sentimento é diferente, é mais localizado aqui mesmo nesta vida. Arranjarei outros por aí....
Tenho sentimentos conflitantes ou melhor, ambíguos, pelo ser humano. Só isso.
3 comentários:
Tenho curiosidade, mas receio o desconhecido e parece-me que cada vez mais me custa a mudança e as perdas
um beijinho e uma boa noite
A mim também custa muito. Mas é inevitável escapar delas. Tento criar coragem a cada dia. às vezes entro em conflito insuportável. Beijocas.
Gabi, sou meio kafkiana. Faço tudo neste fase da vida para não criar apego ou laços com ninguém. Sempre fui abandonada por supostas amigas/os. Sofri com isso por não saber os motivos. Quem me abandonou deve os ter. Hoje não me afetaria nem um pouco sabê-los ou não. Creio firmemente que amigos são seres que passam por nós como cometas...não quero mal a nenhum deles. Apenas não me emocionam mais!
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