(imagem da internet)
repasso...
Uma das mais belas construções do místico Pessoa , relembro-a sempre quando há
amigos enlutados e sensíveis por acudir e dar uma força.
Já não me pesa tanto o vir da morte
Sei já que é nada, que é ficção e sonho
E que, na roda universal da Sorte,
Não sou aquilo que me aqui suponho.
Sei que há mais mundos que este pouco mundo
Onde parece a nós haver morrer _
Dura terra e fragosa, que há no fundo
Do oceano imenso de viver.
Sei que a morte, que é tudo, não é nada,
E que, de morte em morte, a alma que há
Não cai num poço: vai por uma estrada,
Em Sua hora e a nossa, Deus dirá.
Já não me pesa tanto o vir da morte
Sei já que é nada, que é ficção e sonho
E que, na roda universal da Sorte,
Não sou aquilo que me aqui suponho.
Sei que há mais mundos que este pouco mundo
Onde parece a nós haver morrer _
Dura terra e fragosa, que há no fundo
Do oceano imenso de viver.
Sei que a morte, que é tudo, não é nada,
E que, de morte em morte, a alma que há
Não cai num poço: vai por uma estrada,
Em Sua hora e a nossa, Deus dirá.
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