O que fazer com a dor de perder um filho, uma filha, como aconteceu no massacre de Connecticut? Estou muito abalada com o depoimento de um pai, cuja filhinha, Emilie, morreu nesse massacre. A dor desse homem passou de uma forma tão vívida pela tela de minha TV, que me deixou acabada nesse domingo. O rosto, a expressão dele, a maneira como falou da filhinha, como se ainda estivesse viva em alguns momentos, deixou-me comovida. Já passei por uma grande perda, e sei o que se sente. Fica-se num estado indescritível, onde nem sabemos de onde vem a força para falar sobre o assunto que nos assola a alma.
Abaixo reportagem de hoje em notícia de jornal sobre o caso que me comoveu bastante e que foi motivo deste post.
O pai de uma das meninas mortas no massacre de uma escola primária no Estado americano de Connecticut na última sexta-feira contou que teve a última conversa com a filha em português.
"Ela me disse 'Bom dia' e perguntou como eu estava. Eu disse que eu estava bem", disse neste sábado Robbie Parker, de 30 anos, que perdeu sua filha Emilie, de seis anos, na tragédia.
Em lágrimas, Parker contou a jornalistas que estava ensinando o idioma à menina.
Ele acrescentou que Emilie também lhe disse "Eu te amo" em português, e os dois se beijaram antes de saírem de casa rumo à escola na manhã da última sexta-feira.
Parker acrescentou que a filha era uma "artista excepcional" em fazer cartões e desenhos para pessoas que precisassem de conforto.
"Ela sempre tinha uma palavra doce para confortar todo mundo", disse.
Segundo Parker, sua filha, se estivesse viva, seria uma das primeiras pessoas a tentar ajudar os familiares das vítimas.
Ele agradeceu a todos que lhe ofereceram condolências e também lamentou o sofrimento dos parentes do atirador, identificado como Adam Lanza.
"Não posso imaginar o quão difícil deve estar sendo para vocês", afirmou Parker, referindo-se à família do autor dos disparos.
Parker disse ainda que Emilie era a "melhor amiga" de suas duas irmãs mais novas, e que ela estaria ensinado as meninas a ler.
"Elas sempre pediam ajuda de Emilie quando precisavam de conforto", contou. "Era tão bonito ver essa atitude...como elas recorriam a irmã para procurar apoio, além de beijos e abraços".
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