EPÍGRAFE
poema de
EUGÉNIO DE CASTRO
Murmúrio de água na clepsidra gotejante,
Lentas gotas de som no relógio da torre,
Fio de areia na ampulheta vigilante,
Leve sombra azulando a pedra do quadrante,
Assim se escoa a hora, assim se vive e morre...
Homem, que fazes tu? Para quê tanta lida,
Tão doidas ambições, tanto ódio e tanta ameaça?
Procuremos somente a Beleza, que a vida
É um punhado infantil de areia ressequida,
Um som de água ou de bronze e uma sombra que passa...
(in «Antologia», Introdução, Selecção e bibliografia de Albano Martins, Imprensa-Nacional Casa da Moeda,
Lisboa, 1987)
http://garatujando.blogs.sapo.pt/
Nenhum comentário:
Postar um comentário