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segunda-feira, 22 de junho de 2020

repaginada ou uma espécie de auto-análise


       (estas flores fizeram parte de minha infância e depois mais tarde...)


Olhando fotos e escritos antigos, desde cartas à minha tia e avó, quando eu tinha 11 anos e outros quando já mais velha, aos 35 anos, quando escrevi a uma prima a respeito de meu pai que havia falecido há pouco,precisei criar distanciamento entre minha pessoa atual e quem eu era nessas duas épocas,para poder achar sublimes meus sentimentos, manifestados de maneira tão pura e isenta de um exame mais minucioso. Primeiro porque nas épocas em questão,o que eu sentia foi retrato fiel do que eu podia manifestar em relação às pessoas envolvidas. 

Isso me fez refletir profundamente sobre os sentimentos que vamos tendo ao longo da vida e quando eles podem ser considerados um retrato fiel da nossa alma. Sabe quando??? SEMPRE!!!

Não posso me culpar por nada. Em cada momento fui absolutamente fiel ao meu sentimento. Respeito meu ser em todas as suas fases. Achei até nobre de minha parte ter tido tanto apreço por quem me magoou fundo. Isso apenas no caso de meu pai. Por minha prima que sempre foi bipolar e com quem  não consegui continuar o relacionamento de altos e baixos que me faziam andar numa montanha russa de emoções que quase me deixaram doente, ainda tenho um antigo apreço por sua sensibilidade em direção ao meu sofrimento nos anos 70/80.

Hoje vejo tudo com uma nitidez maior e perdoo a mim mesma por tanta confusão de sentimentos.

Vou morrer me perdoando pois nada fiz com maldade e má intenção. Deixo às pessoas seus problemas. Não sou responsável por nenhum deles!!!! Não devo nada a ninguém.

3 comentários:

redonda disse...

Gostava de ser capaz de sentir-me assim também.
Talvez um dia.
Para já quando olho para mim ao ao longo do tempo se tive sentimentos bons também tive maus, sobretudo por ser egoísta e com falta de empatia para algumas pessoas.

sonia disse...

Entendo o que quer dizer Gábi. Acontece com toda gente. Vamos dando conta aos poucos daquilo que vivemos. Quase sempre só muito mais tarde enxergamos com lente de 360o.
Beijinho e obrigada pela visita.

sonia disse...

Grata pela visita, Luiz.
Abraço.