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quarta-feira, 17 de maio de 2017

GRATIDÃO

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Antes eu até que me divertia um pouco. Fase dura a da adolescência, mas intercalada de momentos de pura diversão. Lembro-me que era famosa por meus ataques de riso que começavam e não paravam mais. 

Hoje já não consigo mais me divertir. Por que? Não sei dizer. Alguns acontecimentos marcantes que nos tiram um pedaço da alma devem ser os co-responsáveis por isso. Mas deve haver outros motivos. A idade nos vai ensinando que podemos ser felizes sem o divertimento. Podemos estar muito bem sem os acessórios externos. O trabalho fica muito mais por nossa conta e risco. E vale a pena. 

Sem expectativas em relação aos outros e sem ilusões sobre a estabilidade emocional do ser humano, vamos tocando em frente, no ritmo que nos for possível.

Hoje o sentimento é muito mais de gratidão por tudo (talvez por ter começado a vislumbrar o porque estou nesta vida) e aproveitar o melhor que puder as oportunidades de ajudar e fazer o bem a quem estiver por perto. Para quem estiver longe, a oração é uma poderosa ferramenta.

terça-feira, 9 de maio de 2017

O FORMIGUEIRO

                                                (encontrei aqui o  formigueiro do meu texto)



Estou farta de muita coisa neste mundo. Há uma saturação de interferências em nossa vida particular, em nossas atitudes - como que nos forçassem a obedecer padrões que alguém decretou como os únicos aceitáveis - e isso tudo e mais um pouco tem me afastado da vida social. Vivo agora mais reclusa em minha paz doméstica, com as únicas companhias que não me perturbam: meus filhos e minhas cachorrinhas. Tenho amigos/as, mas cada um tem suas tarefas e para o dia-a-dia em que vivo minha abençoada rotina, nem sempre com amigos posso contar quando preciso. No entanto, creio que não se neguem a me ouvir caso necessário.

Pois bem, hoje, passeando com minhas cachorras, sentada num parquinho de areia numa praça da cidade, enquanto as pequenas tomavam sol, fiquei observando um buraquinho na areia de onde saiam e aonde entravam pequenas formigas carregando folhinhas e saindo em busca de mais suprimento.

Fiquei impressionada com o movimento do formigueiro, já pensando que provavelmente alguém irá interromper essa luta instintiva pela sobrevivência, pisando no buraquinho e matando esse sistema tão perfeito e minúsculo. A obstinação dessas formigas deu o que pensar. Não esperam nada em troca, mas persistem em seu destino que é lutar pela sobrevivência. Não criticam ninguém, não interferem na vida dos outros, não nos agridem, e não reclamam da vida.

Hoje fiquei perplexa ao ver como se pode aprender com as formigas.