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domingo, 31 de janeiro de 2016

VOU VIVENDO...

Resultado de imagem para misterio da vida apos a morte




Escritor, no meu entender, é todo aquele que cria uma história. A pessoa já nasce com o dom. Se eu quisesse ser uma escritora (e bem que gostaria) teria que ter o dom. Mas não consigo criar histórias. Porque não me desligo da realidade. Acho a realidade rica demais em conteúdos que já propiciam a escrita. Então devo ter talento para escrevinhadora. Porque não sei ficar sem escrever o que sinto, quando o que sinto vai um pouco além do "arroz e feijão" da vida.

Ultimamente tenho tido insights fortes que me intrigam. Quando ouço alguém dizendo que ao morrermos tudo acaba completamente, puff!...acho instigante. Não sei se nunca passaram por uma experiência "fora da mente" ou como queiram chamar quando, do nada, experimentamos um estado alterado de consciência, sem termos tomado LSD ou qualquer outra substância que o valha.

Já tive a experiência por 2 ou 3 vezes, minha mãe também (e me contou perplexa, mas serena) e até pelo que sabemos de relatos de pessoas, não sei se dá para enxergar que tudo "c'est fini" depois que fechamos os olhos. A mim parece que não faz diferença desaparecer de vez, às vezes até desejo isso, Mas há uma força oculta a me propelir para a vida e isso complica um pouco o desapego.

O mistério é tão grande que ninguém, até hoje, me convenceu de nada definido. Sempre fica uma sombra de dúvida.

Vou vivendo...

terça-feira, 19 de janeiro de 2016

ESCRAVIDÃO DOS NOSSOS TEMPOS



(imagem da internet)


Gosto de algumas coisas muito, de outras pouco e detesto muitas outras. Das coisas que gosto não posso dizer que sou controlada por elas, pois a qualquer momento, outra atividade toma lugar do que falhou. O que não gosto é de me submeter como escrava a alguma atividade ou mesmo ficar viciada em algo. Até o cigarro, larguei no momento mais difícil da vida e nunca mais voltei a fumar, isso há 36 anos. Fumava um maço por dia e gostava de fumar. Digo isso para contar o que me aconteceu ontem e que me deixou em puro desgaste emocional. Não achei que seria tão afetada por simples contrariedade. 

Bem, andei mexendo onde não devia no meu notebook e de repente eis que perdi minha conta no bendito (às vezes maldito) Google. Fiquei sem saber o que fazer. Criar outra conta e avisar a todos os meus contatos que meu email seria outro? Não, isso é que não. O fato de ter esquecido minha senha provocou esse reboliço que me estragou a manhã, como se uma nuvem negra tive pousado na sala. Meu humor foi a zero, houve um transtorno no meu estado de ânimo a ponto de eu não pensar em outra coisa, a não ser resolver o problema imediatamente. Só que para isso precisaria lembrar da maldita senha. Folheei cadernos e no meio de umas garatujas acabei achando uma senha ....e pimba! Era ela. Recuperei a conta e o bom humor. Foi como se me tivessem tirado um peso enorme das costas.

Analisando friamente a situação, fiquei perplexa como não sou coerente. Ao mesmo tempo que não gosto de nada que me domine, acabei concordando que algumas coisas me arrasam se deixam de funcionar. Não sei se por não ter muitas chances de distração a essa altura da vida (causas físicas impedem uma circulação mais ampla pelos locais que gostaria de visitar), a verdade é que não sou daquelas que se distraem fazendo trabalhos manuais, então confesso que adoro internet e explorar mundo afora a partir do quarto do computador é um luxo. 

Ontem vi na TV um grupo de crianças que foi passar uma semana num local onde era proibido levar celular, tablet ou IPad, e a primeira reação das crianças foi de absoluta "síndrome de abstinência". Só começaram a achar graça no programa depois de 2 dias de atividades intensas. É isso, para não enfrentarem um bando de "viciados" na maquininha os coordenadores do grupo tiveram que bolar atividades sequenciais. A turma só parava para comer, tomar banho e dormir. Acabaram confessando que adoraram a experiência.

Somos escravos dos vícios que trazem prazer (aliás um vício sempre traz prazer, por isso vira vício) e abrir mão disso gera um desastre em nossas almas!


terça-feira, 5 de janeiro de 2016

ENQUANTO AINDA ESTOU POR AQUI






Tem me chegado a memória frequentemente, nesses últimos meses, fiapos de vivências passadas, quase sempre fatos acontecidos em Santos, lugar onde nasci e vivi por 23 anos. Fiquei encafifada com isso, já que todo o período passado depois do casamento parece que foi apagado com uma borracha poderosa e se nega a fazer visitas à minha mente e aos meus sonhos (só tenho a agradecer por isso).

Acredito que seja porque estou me preparando espiritualmente para deixar o plano físico, então há uma viagem de volta a locais e pessoas que por uma ou outra razão fizeram parte importante de minha vida, e que na época  não adivinhei o quanto iam deixar saudades.

O mistério do que nos aguarda depois da morte é mais  instigante do que aparentemente supomos, já que há uma tendência universal para se temer deixar a vida terrena e mergulhar no desconhecido. Mas à medida em que aceitamos que justamente por não sabermos de nada, nem ao menos se tudo continua, percebo que  há uma liberdade de escolha que pode perfeitamente ser parte do que vamos levar para o outro plano.

Eu já sei o que escolhi e isso me enche de alegria, caso possa se concretizar. E se tudo acabar mesmo, - pufff,-  não há problema algum, já que lá não estaremos para lamentar.

Só sinto cada vez mais que viemos aqui apenas para conhecer o que é o AMOR. O amor verdadeiro, incondicional, generoso, silencioso, sem alardes, que se pode exercitar diariamente, A escola da vida é um aprendizado, onde vamos depositando pequenas parcelas numa conta metafísica, fazendo um tipo de aplicação financeira espiritual. Dependendo do saldo que acumularmos durante esta vida teremos alguma chance de prosseguir com maior velocidade na escalada dessa montanha misteriosa chamada EVOLUÇÃO.  

Sei que estou ficando chata e repetitiva, mas é o que tenho para expressar no meu blog no momento atual. Escrevo mais para mim, é uma forma de conversar com meu amigo espiritual, invisível, que está sempre me dando forças.