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segunda-feira, 16 de setembro de 2013

JULGAMENTO - difícil, mas não impossível evitá-lo.





Quando eu optei por ter uma cachorrinha mal sabia o que ela iria representar em minha vida. Em todos os aspectos.

Reparei que agora sou mais tolerante e menos impaciente, qualidades que ela me ensinou. O amor que tem por mim é algo com que eu não contava mais nesta vida, nem de um ser humano, quanto mais de um animal. Filhos à parte, ninguém passou no teste do amor incondicional até hoje. Nem eu em relação aos outros, com certeza. Dou o meu melhor às pessoas que precisam de um favor, que estão carentes ou necessitadas de ajuda, mas mesmo assim estabeleço condições comigo mesma: desde que eu não perca o controle sobre minha vida, minhas opções e minha liberdade tão duramente conquistada!

Ontem percebi que ao partilhar momentos de lazer com uma amiga que convidou-me para um bate-papo numa pracinha perto de casa, devo tomar cuidado para não misturar as coisas. Explico: ela não gosta da minha cachorrinha. Isso já ficou claro várias vezes. E na praça é onde encontro ambiente para que uma cachorra se sinta mais livre e em contato com a pouca natureza que há pelas redondezas. Minha amiga sabe que eu levaria a cachorra. Mas teve um comportamento (mais de uma vez) que me fez decidir com muita clareza que de hoje em diante ou ela conversa comigo num local onde eu não esteja com a cachorra ou eu vou com a cachorra na praça e terei que esclarecer que ali a presença dela junto a mim não é conveniente. 

Reparei que toda a vez que você quer fazer duas coisas bem feitas ao mesmo tempo, uma sempre sai prejudicada.  

Ontem minha amiga foi agressiva ao voltar de uma lanchonete na praça, trazendo um lanche para saborear num banco onde havíamos nos sentado e se deparou com a seguinte cena: eu sentada no banco e a minha cachorrinha perto de uma criança de aproximadamente 2 anos, cujo pai acabava de segurá-la ao colo. 

O olhar estatelado e agressivo da minha amiga em minha direção e o que falou (detesto pré-julgamento) foram suficientes para eu tomar a decisão explicada acima: "a Juju mordeu a menina?" 

Eu calmamente falei. "Você chegou agora e já criou tamanha negatividade com uma história sua, que nem sabe se é a verdadeira? Pois saiba que eu é que recomendei ao pai da garotinha que a segurasse ao colo para evitar possíveis transtornos, pois minha cachorrinha foi maltratada por duas crianças no passado e fica apreensiva com crianças.

Depois disso minha amiga sentou-se no banco e disse: "Bem, acho que não vou comer o lanche aqui. A Juju vai me atrapalhar. Acho que vou embora"

Eu respondi na hora: "boa ideia! Também estou indo". E retirei-me na mesma hora.

Há algum tempo propus a mim mesma evitar julgar os outros. Tenho conseguido com certo sucesso. Talvez por isso eu tenha percebido tão claramente o julgamento que minha amiga fez da situação que presenciou, sem ao menos saber de todo o desenrolar da história.

Amigos servem para nos ajudar a conseguir nossos objetivos. Um dos meus principais é cessar com todo e qualquer julgamento. Obrigada, amiga. Você me ajudou com sua atitude.

2 comentários:

Um Jeito Manso disse...

Sabe, Sónia, eu antes de ter a minha linda cadelinha, também tinha um medo de cão que só visto. Mudava de rua se via um cão vindo do outro lado. Uns amigos meus arranjaram um cão para terem no seu apartamento e eu quase deixei de ir a casa deles.

Depois, com a minha menininha cãzinha, perdi o medo e passei a achar graça às pessoas com medo de cachorro.

Talvez a sua amiga ainda esteja na fase de ter medo. Terá que dar-lhe tempo para a Juju a conquistar. Quem sabe daqui por algum tempo ela estará brincando com Juju, toda se derretendo com as suas gracinhas...?

Um beijinho, Sónia!

sonia disse...

Essa amiga já teve cachorro,(que morreu atropelado, coitadinho),mas eu não vou forçar ninguém a nada. Nem a meus filhos, que não sabem como fazer para que a Juju os aceite. Acho que essa cachorrinha só gosta mesmo é de mim. E quer saber? Não vou me preocupar com o jeito das pessoas em relação a ela.Cada um que procure dentro de si uma forma se "saber chegar" no animal. É só se empenhar. Se não quiser, a mim pouco importa. Só peço que não me encham a paciência com críticas e palpites infelizes...
Já avisei a meus filhos que gente tem uma psicologia, animal tem a dele. Que aprendam a saber lidar com isso.
Obrigada por suas palavras sempre estimulantes que me incentivam a continuar postando.