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sexta-feira, 31 de maio de 2013

uma cena cômica









Ontem, já deitada em minha cama, percebi que minha cachorrinha precisava, como de costume, fazer a ronda noturna e explorar o apartamento, antes de dormir. Tem essa mania. Às vezes dá uma "fome noturna" e ela ataca a ração até o último grão, tarde da noite. 

Ouço-a latindo para o quarto onde fica o computador. Não parava de latir, até que levantei-me para ver o que era. Havia deixado a roupa que usei durante o dia, estendida no encosto da cadeira do computador: a calça comprida por baixo e a blusa por cima. E a cadeira do computador ficou longe da mesa, no meio do quarto. Pensei: quem sabe ela confundiu a roupa comigo e deve ter ficado intrigada, pois a essa altura eu havia me duplicado, e a outra de mim estava na cama há alguns segundos atrás.

Não tive dúvidas: de um golpe só arrastei a cadeira de rodinhas para perto da mesa. A cena que se seguiu foi muito engraçada e até agora dou gargalhadas quando me lembro: ela saiu feito um míssil teleguiado, numa velocidade que a fez escorregar no carpete de madeira, pensando sei lá o que, vendo-me empurrar "minha outra pessoa", e ainda mais de um golpe só :)  Não conseguia dormir de tanto dar gargalhadas incontroláveis ao recordar a cena...

Essa cachorra me surpreende a cada dia. Estou vivendo algumas experiências inusitadas com ela!

sábado, 25 de maio de 2013

TERAPIA BREVE

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Dizem que precisamos virar a página para viver a vida no momento presente. Isso é bom. Mas percebi hoje, num breve insight, que não adianta só virar a página. Antes de fazê-lo temos que ter lido e apreendido todo o conteúdo daquela página. Temos que entender o significado de cada frase escrita, refletir sobre o seu significado e nos perguntar se realmente entendemos a mensagem que nos foi passada. Ficaram ressentimentos? Então você não terminou a leitura. Ficaram saudades?  Ainda não pode virar a página. Temos que colocar  óculos que não se vende em lojas, chamado: os óculos do desapego. Esses óculos têm lente de aumento, para que possamos não esquecer de que tudo o que vemos  tem a ver conosco, tudo aconteceu com a nossa pessoa, tem relação à nossa vida pessoal. Não podemos deixar escapar detalhes que não nos agradaram. E aos que nos foram benéficos e prazerosos, podemos dizer adeus sorrindo e agradecendo por esses momentos. Há quem não os tenha tido.. Há quem morreu em idade que não foi suficiente para acumular muitas lembranças, boas ou ruins.

Bem, depois de feito o trabalho de virar realmente a página, podemos fazer dos nossos dias, de cada um deles, uma oportunidade para aprender com o que nos vai acontecendo. Sempre acontecem muitas coisas no intervalo de apenas um dia. Nem que você fique sentado numa sala vazia, sozinho. Há mil coisas acontecendo. Nossa mente é misteriosa e consegue fazer malabarismos.

O que me motivou a escrever isso foi um e-mail que acabei de receber, oferecendo terapia breve, para pessoas que já sabem o que querem discutir em grupo, pois a duração desse curso é de apenas 3 meses e não há tempo para uma psicanálise profunda. É tipo pronto-socorro emocional. Já se foi o tempo em que eu achava isso ótimo. Nunca experimentei, mas achei uma ideia fantástica. É como um caixa eletrônico: em pouco tempo você consegue fazer a operação de depósito ou saque, ou pagamento, sem perder muito tempo nisso. 


Só que aconteceu comigo de ter que buscar dentro de mim o que estava acontecendo para explicar a mim mesma porque me sentia de certa forma. Na época eu não tinha tempo nem dinheiro para gastar em terapias, longas ou breves.  No momento em que tudo ficou claro (já estava tudo aqui, eu só não tinha coragem de encarar) não senti mais necessidade de falar sobre o que me aconteceu e como lidei com o que me aconteceu. Ninguém pode mudar o passado: a responsabilidade foi só minha. 


Hoje posso assegurar a quem quiser que não tenho mais a mínima timidez e medo de pessoas. Lido sem o menor problema com todos os tipos de personalidade. Só me dou o direito de dispensar gente que não me agrada. Acho ótimo que eu consiga ter discernimento e não perca tempo com processos que ao fim e ao cabo chegariam ao ponto de gerar descontentamento. Eu sinto cheiro de encrenca antes que ela vire a esquina e dê de cara comigo!!!




domingo, 12 de maio de 2013

PELOS E CABELOS









A experiência está cada vez mais intensa entre eu e minha cachorrinha. Tenho aprendido mais em 1 mês com ela do que em quase todo o meu tempo de vida antes dela.

Meu filho se queixou de que eu não cuidava com o mesmo zelo da Pipoca, do Pistache e da Puppy, outros fox paulistinhas que tivemos. Na hora não tive resposta, mas agora sei perfeitamente porque: eu tinha dois filhos pequenos para cuidar, mal sobrava tempo para fazer a comida das cachorrinhas, (naquele tempo não havia esse negócio de ração). Viveram 14, 17 anos e uma foi roubada.

Bem, meu destino sempre foi cuidar. Nunca tive uma natureza de abandonar o que cai sob minha responsabilidade. E quando sinto que está faltando algo eu vou atrás e arrumo alguma "sarna para me coçar". Até as plantas me cativam, que dirá um animalzinho que não pede, não exige nada de você, está totalmente dependente de suas escolhas sobre como tratá-lo, oferecer-lhe conforto, não deixar faltar-lhe água e ração (agora a moda é ração, então vamos lá, pois já peguei a Juju com 1 ano e 2 meses, acostumada assim). 

A cada dia me surpreendo com algo diferente nessa cachorrinha, que mais parece minha mestra espiritual! Ela se comunica comigo de várias formas. Aos poucos estou aprendendo sua linguagem. Não quero treiná-la para nada. Não farei com ela o que não gostaria que fizessem comigo. Esse negócio de treinar para dar a patinha, estou fora! Quero-a livre justamente para poder conhecê-la bem.

Não digo que não perdi uma certa liberdade, mas para falar a verdade, não fazia grande coisa com essa tal de liberdade. Tinha até uma leve depressão na parte da manhã, que sumiu misteriosamente depois que a Juju chegou aqui em casa. Ela é lindinha, mas muito medrosa e assustada. Na rua tenho que ter paciência para esperar por ela, quando cisma de "empacar" como um burro teimoso. Às vezes sei o motivo: algum cachorro grande por perto. Outras vezes não sei o que poderia deixá-la paralisada de medo ou seja lá do que...ainda terei muito que aprender. Respeito seu ritmo, pois o meu sempre foi de caminhar ao lado de alguém. Como não havia alguém sob meus cuidados, meus passos andavam meio sem ritmo, e sem ritmo andava minha mente, que insistia em pensar demais. 

Hoje ao olhar para ela e ver dois olhinhos lindos, cor de mel, brilhantes, olhando diretamente nos meus olhos, chego a chorar por sentir que ao menos uma vez na vida tenho alguém que me quer bem (filhos à parte, claro!). 

Limpando o chão hoje cedo reparei que agora junto aos fios de cabelo de quem digita há os pelos de quem me acompanha!