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sexta-feira, 8 de março de 2013

QUERO TER UM CACHORRINHO






Preciso fazer uma cirurgia mas já tenho um plano para logo depois: quero ter um cachorrinho. Preciso fechar uma porta e abrir outra. Quero um cachorrinho pequeno, que não sofra por morar em apartamento. Pretendo dar longos passeios com ele aqui pelo calçadão em frente ao prédio e assim ambos estaremos nos exercitando na companhia um do outro. Pareço criança de tanta alegria em saber que decidi isso e que isso me dá uma certa felicidade que eu não suspeitava existir. Nem a cirurgia está em foco,embora seja delicada. Não vejo a hora de ter um cachorrinho! 

Em tempo: talvez isso se explique porque ainda não tenho netos. Mas resolvi que não vou contar com o ovo no ...da galinha. Trato minhas carências sem cobrar nada de ninguém. Ao contrário, vou pagar por elas, pois os preços dos cachorrinhos não são tão doces como eles!

terça-feira, 5 de março de 2013

Fernando Pessoa (1930) (dos meus guardados)










Desconheço em que livro está o texto abaixo, pois lá se vão 32 anos desde que o guardei em minha "caixa de tesouros".(*)


"Há uma erudição do conhecimento, que é propriamente o que se chama erudição, e há uma erudição do entendimento, que é o que se chama cultura. Mas há também uma erudição da sensibilidade. A erudição da sensibilidade nada tem a ver com a experiência da vida. A experiência da vida nada ensina, como a história nada informa. A verdadeira experiência consiste em restringir o contato com a realidade e aumentar a análise desse contato. Assim a sensibilidade se alarga e aprofunda, porque em nós está tudo:basta que o procuremos e o saibamos procurar".



(*)Acabei de encontrar a fonte do texto acima em um jornal chamado FOLHETIM, datado de 9 de junho de 1985, cujo texto assinado por Décio Pignatari é entitulado "FERNANDO PESSOA, O CATA-CORPO". 
sub-título: Quando Fernando Pessoa, pela boca do seu sonolento heterônimo e pós-anão Bernardo Soares, estabelecia as diferenças entre a erudição do conhecimento, entendimento e sensibilidade, não proclamava senão abobrinhas dignas de um guru moderno.

Ao final do texto Pignatari ainda acrescenta de cunho próprio: "Tais abobrinhas parecem calhar melhor na boca de um guru hodierno do que num Fernando Pessoa de 1930, com seus psiquismos subjetivistas de insone sonolento. Não à toa Bernardo Soares era um quase-heterônimo que pintava quando o poeta tinha sono. Aqui não se sabe quem roubava o corpo e a alma de quem."

segunda-feira, 4 de março de 2013

Maria Rita Kehl







Abri uma pasta repleta de escritos de tempos passados. Há muito material bom, que venho juntando há quase 50 anos. Aos poucos vou selecionar alguma coisa interessante para publicar aqui no meu blog.
Hoje escolhi algo mais recente: frases ditas pela Psicoanalista Maria Rita Kehl, por ocasião de uma entrevista feita com ela, de quem sou fã. (parece que foi no programa da TV Cultura, Café Filosófico).

"A cultura não passa de um sub-produto da infelicidade humana".

"O inconsciente é uma espécie de arquivo secreto da história não-oficial de cada ser humano".

"O sintoma é uma tentativa de cura que não encontrou outro meio de expressão".

"A psicanálise é a prática da desilusão".


Não tenho a menor vontade de fazer psicanálise, mas se um dia a vontade vier, teria que ser com ela. Além de sentir empatia por essa profissional de primeira, gosto da maneira como expressa tão claramente suas idéias. Ela é genial!