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segunda-feira, 14 de março de 2011


(havia escrito há alguns meses, publico hoje, embora não represente fielmente meu estado de espírito do dia)
Ando meio displicente, mas vou apenas dizer que a vida tem me levado por outras direções, então não sou dona total de organizar meu dia-a-dia assim ou assado. Vou descobrindo outras coisas pelos caminhos que se apresentam, procurando aprender cada vez mais um pouco, ao menos a conviver com minha pessoa para então conviver melhor com outros...e tenho conseguido uma compreensão relativa de tudo. No final, tudo faz sentido. Apenas em poucos instantes na vida temos esse insight. Vivemos achando que algo está errado. Não está errado. Está tudo certinho. Temos apenas as experiências que precisamos ter.










 

um poema



EPÍGRAFE


poema de


EUGÉNIO DE CASTRO








Murmúrio de água na clepsidra gotejante,
Lentas gotas de som no relógio da torre,
Fio de areia na ampulheta vigilante,
Leve sombra azulando a pedra do quadrante,
Assim se escoa a hora, assim se vive e morre...


Homem, que fazes tu? Para quê tanta lida,
Tão doidas ambições, tanto ódio e tanta ameaça?
Procuremos somente a Beleza, que a vida
É um punhado infantil de areia ressequida,
Um som de água ou de bronze e uma sombra que passa...






(in «Antologia», Introdução, Selecção e bibliografia de Albano Martins, Imprensa-Nacional Casa da Moeda,
Lisboa, 1987)







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